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Um grupo de sem-teto da Frente de Luta por Moradia (FLM) ocupou na noite de sábado (25) um prédio na Avenida 9 de Julho, importante via da cidade de São Paulo. O imóvel, segundo o movimento, pertence ao Ministério da Saúde e está abandonado.
A Polícia Militar de São Paulo (PM-SP) interveio após a ocupação, que foi feita de forma pacífica. Depois de negociar a saída dos sem-teto do prédio, acabou atirando balas de borracha e bombas de gás contra eles.
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A polícia chegou a bloquear uma das pistas da 9 de Julho. A FLM denunciou que idosos e crianças ficaram machucados por policiais. Um homem tomou um tiro de bala de borracha na cabeça e foi levado para um hospital.
“Foi uma grande covardia. Muita gente ficou machucada e foi para o hospital”, relatou Erenilda Maria da Silva Santos, que esteve na ocupação.
Ela disse que cerca de 180 pessoas ocuparam o prédio. Foram até lá porque ele é público, está sem uso e porque eles precisam de um local para morar. “Foram para ficar”, disse ela.
Antonia Serafim Rodrigues, coordenadora de movimentos por moradia e inclusão social em São Paulo, contou que negociou diretamente com os agentes policiais a saída dos sem-teto do prédio. Mesmo assim, ela disse que a PM não cumpriu o acordo.
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“Jogaram gás de pimenta na minha cara, uma granada de gás ao meu lado”, disse. “A polícia do Tarcísio [de Freitas, governador de São Paulo pelo Republicanos] não respeita o trabalhador.”
A FLM divulgou em redes sociais fotos e vídeos sobre a ação dos policiais. Declarou que “a PM usou da força repressiva para oprimir famílias que lutam pelo direito à moradia”. “A polícia militar do governo Tarcísio desconhece que este prédio pertence à União e segue sem função social? Ocupar não é crime. Enquanto houver gente sem casa, haverá a luta dos trabalhadores sem-teto!”
Procurados pelo Brasil de Fato, o governo federal e a Secretaria de Segurança pública de São Paulo ainda não se pronunciaram sobre o caso.
Edição: Felipe Mendes
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